terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cocoon


 
 
Eis que a timidez prestes a soprar suas ideias, é bruscamente interrompida pela rebeldia ...
 
- Vamos, vamos mudar sim!Não podemos ser eternamente covarde e fazer deste infeliz um desvalido, pisado e maltratado pelos outros! E vamos começar pela aparência!
- Mas..
- Ainda não terminei! Certo! Sei que nem todo mundo vai aprovar. Todo mundo quem? Não temos ninguém! A única que liga para este infeliz é sua mãe. Se ele desaparecesse ninguém notaria. Ele está por sobre a terra sem destino ou função. Passou anos a fio em uma escola, no qual ninguém gostava dele, opinavam, riam, criticavam... agora ele esta vendo o rumo da realidade. Ele quer mudar e nós o ajudaremos!
- E os outros??
- Na altura do campeonato a opinião dos outros é lixo! Esse infeliz passou e ainda passa o diabo ( com a mãe nos calcanhares), conta com a miséricordia de uns poucos. Cumpre todas as suas obrigações; estudou e estuda, socorre a mãe nas emergências, sorri para os falsos mas remoendo-se por dentro.....enfim ele está morrendo! Agora o acusam de ser frio, calculista e ignorante, mas quem? quem? olhou pra ele enquanto ele sofria a duras penas?
- Mas o que vão dizer dele?
- Sempre dizem! Esse é o problema das pessoas! Falar demais! Hoje ninguém agrada a niguém! Esta carcaça já foi rotulada por vezes, e numa confusão de adjetivos fomos ser dissecados em terapias! Nada que nos tenha feito mal, mas sempre voltamos no tempo, em acontecimentos ruins a pensar! Veja! Somos quase perfeitos! O mental e o fisico desta criatura estão esplêndidos! Não mata, não rouba, até uma mosca é incapaz de matar, anda por ai com uma cara de quem não está nem ai, e realmente não está mesmo!
- O Que quer dizer?
- Que ele só quer ser livre! Que daqui em diante vamos mudar! Aprenderemos a falar, a manter as opiniões, a responder (educadamente ou não). Ele sempre vai pelo caminho, alguém chega, alguém vai embora. Já está (já estamos) acostumados. Ninguém sabe o deserto, as esquinas por onde ele andou. Se nos julgarem, não perderemos o tempo olhando para a mediocridade de tais seres! Eles não são amigos, nem conhecidos.... simplesmente não tem o que fazer, além de tomar conta do que não é seu - a vida alheia.
 
E na conversa do pensamento a rebeldia deu a última palavra. O sujeito tornou-se convicto de que agora era livre,que aprendeu  a amar a si e que detestava os outros. Conservaria o amor, e a gratidão aos que lhe apoiavam em tudo, apostaria mais em si, pois estava confiante...

Há mais de um ano tinha renascido, e agora sentia a efetivação da palavra "Viver". Era visivel; algo nele mudou.

domingo, 9 de setembro de 2012

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Vida Secreta de Marylin Monroe #Resenha

Voltando depois da lasqueira do último post (preguiça)!
E voltando com sugestão feat. resenha de um livro maravilhoso!
 
 
 
  Nasceu em 1926 no Los Angeles General Hospital, indefesa esta bela mulher chegava ao mundo sem nenhuma forma de boas vindas. Filha de Gladys Baker, neta de Della e Otis Monroe.
   Norma Jeane vem e uma família com um histórico de doenças psiquicas. Seu avô (Otis) morreu em decorrência de complicações da neurossifilis associado a surtos mentais, seguindo o mesmo eixo Della morreu em 27 de agosto de 1927 depois de um severo ataque psicótico.  Gladys prevendo ter o mesmo fim, entregou a filha para ser criada por uma vizinha; a religiosa Ida Bolender. Da casa de Ida, Norma passou para a casa de Grace Goddard (a melhor amiga da sua mãe), foi para um orfanato (depois que Grace casou), voltou a morar cm Grace e Gladys; récém saida do sanatório. Um fato; Norma Jeane, não teve uma imagem sólida de um lar feliz.
    Quem é o pai? ; Um fato em aberto é a paternidade de Norma Jeane. Aos 24 anos Gladys casou-se com Martin Mortenson e 4 meses depois se divorciaram. Com o divórcio Gladys passou a ter casos amorosos com vários homens até envolver-se com Charles Gifford, a quem Gladys garante que é o pai de Norma (nessa época, Gladys já tinha sinais evidentes de paranóia, o que levam a descrer de sua afirmação). O fato que Gifford só iria se lembrar da filha em 1962 quando diagnosticado com câncer procurou falar com a filha, a esta altura Norma Jeane assinava como Marilyn Monroe.
    Incidentes; Os pontos altos de toda a história, são os relatos  dos acessos de loucura das mulheres da familia Monroe. Exemplo; No verão de 1927 Della  atravessou a rua e foi à casa dos Bolender, bateu à porta mas Ida não queria deixá-la entrar. Descontrolada quebrou o vidro da porta e entrou na casa mesmo sem ser bem vinda. Segue-se uma discussão. Quando Ida retorna da cozinha com um copo com água para Della, encontrou-a sufocando o bebê com um travesseiro. E mais: Certa tarde com um dos episódios de paranóia Gladys foi à casa dos Bolender, furiosa insistia que Norma não poderia ficar com os Bolender, Ida tentou demovê-la dessa ideia. Porém Gladys achou a filha no quintal ; "Você vai para casa com a mamãe benzinho", e ao voltar para dentro da casa, deixou Ida do lado de fora. Minutos de silêncio, com mãe e filha dentro da casa. Ida esperava do lado de fora da casa quando a porta se abriu...

                  "Com o rosto vermelho e agitada Gladys gritou para Ida; Você é uma mulher muito má!. Confusa com a acusação de Gladys, Ida ouviu os gritos abafados de Norma Jeane. Horrorizada compreendeu que Gladys conseguira enfiar a criança em uma enorme mochila militar que Wayne Bolender (marido e Ida) usava para guardar ferramentas (...) A bolsa estava pendurada no ombro de Gladys que de maneira desajustada tentava atravessar o gramado."
 
   Fama; No livro os detalhes sobre o primeiro ensaio, o primeiro filme, o pé-de-guerra com as produtoras de Holywood, os papéis secundários de loira sensual (Marilyn queria ser além de um rostinho bonito) , os músicais, o escândalo do ensaio nú. Atuar, e aturar os surtos da mãe no sanatório e ainda esconder este fato da imprensa. Os remédios para dormir, e para manter acordada, e amenizar a esquizofrenia.
    Amor? ; O relacionamento com o polêmico jogador Joe DiMaggio, o caso com Frank Sinatra (para mim foi novidade, não sabia),  o apego a Johnny Hyde, o amor de investigação FBI com Arthur Miller, e o parabéns para o Mr. President John F. Kennedy. No critério amizade, Marilyn contou com a obsessão de sua professora de teatro Natasha Lytess (nesta obsessão há um duplo propósito), a imagem e saudade de "Tia Grace", a irmã confidente Berniece (filha de outro relacionamento de Gladys), a melhor amiga até o fim dos dias; Pat Kennedy Lawford.
    Extras; Depois de Marilyn; Taraborreli conta os desfechos e os rumos dos personagens desse magnifico enredo depois da "morte" (Marilyn é eterna) da atriz, além da filmografia completa; da estréia  em "Sua alteza, a secretária"até o gran-finale em "Something´s got to give". A obra só peca em trazer um reduzido encarte de fotos, sobre uma vida tão extensa. Vale a pena ler!
 
                                                        
                                                     A Vida Secreta de Marilyn Monroe 
                                                                            J Randy Taraborrelli  
                                                                         Ed. Planeta. - 459 Págs 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Monologue of the solitary mind



Em uma sala de estar escura, em um dia monótono, alguém conversa com um humano qualquer. No entanto só há uma pessoa (em um estado apático) no cômodo...
Um vazio. Assim sou eu. Mesmo na minha presença você está só. Está assim por circunstâncias que fugiram do seu controle ou por simples querer? Não importa, estou aqui com você.  Mas quero saber por que estou aqui. Te faltou amizade? Te esqueceram? Mandou embora? Ou simplesmente ainda não achou ninguém na humanidade que te satisfaça? Ou ainda, alguém que gostava morreu?
Ficarei aqui o tempo que julgar necessário. Estou em silêncio esperando como reagirá a minha presença. Me utilizará a seu favor?  Refletindo sobre si, fazendo de mim uma experiência positiva e depois que se sentir melhor estará mais estável e aliviado emocionalmente? Ou me fará hospede de tua mente e ficarei residente por tempo indeterminado? Lembrando que assim como posso libertar, posso aprisionar, posso reavivar e posso assassinar. Atenção quando o abismo interior, se tornar concreto aos olhos creio que conheceu o meu mau caráter, e eu esteja indo embora. Não ficarei com você na eternidade.
 Sou um mal moderno, e estou nos mais modernos lugares, me criei neste mundo impessoal, na selva de concreto, na metrópole, na megalópole ,no tic tac apressado do relógio. Ninguém tem tempo ultimamente. Esfrio relações em forma de novas mídias, assim você não tem o contato humano e assim vai perdendo o contato com  outro humano real. Muitos  vão pelas ruas e em meio aos  milhões ainda se sente sozinho, ou figuro então o romance de contrato em que não há mais traço nenhum de afeto da companhia. Além disso, sou fato da existência. Pense, você nasceu comigo atravessa a vida lidando comigo e vai morrer comigo.. Nesse sentido é engraçado que muitos me evitam a todo custo, se fazendo presente as vezes até onde não é chamado, onde não se sentem bem, mas mal sabem que estou sempre ali perto. Poxa, se não me usar em excesso até que faço bem. Vai, não sou de todo o mal.
Olha para a caixa de remédios em cima de uma mesinha de estar...
Hum... aquilo é um antidepressivo?  Estou te afetando um tanto assim? O que já tentou terapia? Foi em grupo?  Com certeza deve estar com quilos a mais! Eu não te engordo o que engorda é você comer por minha causa. Não sou responsável por suas escolhas, não tenho nada a ver se você não e um pouco assim suficiente, se você necessita sempre de alguém pra te afirmar, se foi abandonado seja lá por quem. Você é um estranho para os outros e para si, coadjuvante de sua vida, cujos protagonistas são os outros, que vistos daqui são (ou parecem) felizes. Claro ninguém quer mostrar aos outros que também estou presente, e que também podem estar igual ou piores a você. Por enquanto sou sua principal condição, e enquanto não aceita que estou sempre presente tentando achar resoluções tolas em medicamentos, em pessoas especiais, se matando de trabalhar e tantos outros meios, vou continuar aqui. Eu sempre estou aqui.

domingo, 12 de agosto de 2012

Bel Ami #Resenha




 
Romance de Guy de Maupassant publicado em 1885, retratando o jogo da ascensão social promovidos por Georges Duroy, lançado a sociedade parisiense através dos seus casos amorosos e das artimanhas políticas, aliadas aos bastidores da impensa. Realista, descreve Paris e também como um homem molda sua personalidade e utiliza de artificios para manipular e conseguir o que quer,  em que  cada pessoa tem uma função para o alpinista social.

  Em Paris, e apenas com três francos para passar o mês, Charles Duroy está desejoso de mudar de vida e sair da miséria em que vive desde que terminou suas expedições como colonizador ( quer mudar de vida principalmente através de casos amorosos). Charles vê sua vida mudar quando em um desses passeios pela exuberante Paris, reencontra seu colega de expedição; Charles Forestier. Forestier, homem sério e que sofre com crises de bronquite é também diretor da coluna política do jorna La Vie Française que vendo Georges numa situação misera alternado entre almoçar e não jantar, resolve lhe arranjar uma promessa de emprego no jornal.
    No primeiro de vários jantares na casa dos Forestier, o timido Georges tem o primeiro contato com a sociedade elitista do jornalismo parisiense, representados na figura de Walter e Clotilde de Marelle, Jacques Rival e Nobert de Varenne. Sr. Walter de Marelle (diretor do jornal) pede para Georges  um artigo sobre suas experiências como colonizador na África e que levasse seu artigo ao jornal no dia seguinte. Georges é auxiliado no desenvolvimento do artigo por Madeleine Forestier, que é responsável inclusive pela produção e pelo estilo jornalista do marido, Charles. Reminescências de um caçador na África (o artigo) tem apenas uma única publicação, e logo Georges é promovido repórter da coluna de boatos do jornal, tornando-se um repórter notável, bem informado. E amante da mulher do chefe Sra. de Marelle.
     Se encontravam às escondidas  no apartamento da Rua Constantinople, 127  e do apartamento para passeios, onde Georges levava Sra. de Marelle a restaurantes de operários, tavernas e bailes populares - apesar de fina, De Marelle tinha gostos "acanalhados" - assim Georges logo tinha muitas dívidas a pagar, pois fazia "investimentos"  altos a cada passeio. Ao saber da crise pela qual Georges passava, discretamente De Marelle deixava francos nos bolsos de suas roupas (como forma de pagamento).
     Nos jantares da alta sociedade além de Clotilde de Marelle, Georges passou a seduzir Virgine Walter (Sra, Walter). Com o afastamento de Forestier, devido ao agravamento da bronquite, Charles passou a assinar também os artigos de fundo, e tempos depois os artigos políticos. Se fez amigo dos Forestier, e assistiu aos últimos minutos do seu amigo Charles. E do lado do cadáver do "amigo" que acabara de falecer Georges se declara para então viúva Madeleine;
     " Só desejo que não me ignore, que a senhora poderá fazer de mim um amigo fraterno ou marido, como desejar. Meu coração e minha pessoa lhe pertencem."


    Logo depois estaria casado com Madeleine Duroy de Cantel. (Creio caro leitor que em parte Madeleine sabia em parte do caso de George com Clotilde de Marelle principalmente na passagem; "ainda não contou o nosso projeto a Sra. de Marelle?") De fato Georges contou a De Marelle que reagiu furiosa, mas na condição de amante teve que aceitar o casamento. O casamento e a relação frios , era regido pela separação de bens que em caso de "imprevistos" Georges ficava com 4 mil francos e Madeleine ficava com 40 mil francos. O casamento se estendeu ao estilo jornalístico de Forestier... opa! Georges.
    O La Vie Française se tornou um jornal respeitável. Seguem-se os encontros com De Marelle, e agora Sra. Walter (esta última considerada, por Georges repulsiva, apenas obrigação) foi quem lhe alertou sobre as combinações políticas entre Monsier Laroche-Mathieu e Sr. Walter , combinações da qual Charles ficou de fora. Nesse mesmo tempo, um velho amigo dos Forestier (em especial de Madeleine); Conde de Vaudrec acabara de falecer e deixar maior parte da herança a então Sra. Duroy. Para evitar maiores rumores na sociedade( de que George foi traido) uma partilha foi feita entre marido e mulher: os novos milionários.
     Para a ira de Georges quem também ficou milionário; Laroche Mathieu (que Georges destituiu do cargo de ministro após descobrir ser ele o amante de Madeleine) e o Sr. Walter. Para aumentar sua riqueza, Suzanne era uma das filhas do Sr. Walter. Georges seduziu Suzanne, convencendo-a rejeitar todos os pretendentes e a fugir com ele. Para o inferno total da Sra. Walter, Georges se casou com Suzanne (desde então a Sra. Walter jamais olharia sequer para o genro). De fato Georges casou -se com Suzanne porém...
" O povo de Paris o contemplava e o invejava ... lentamente desceu os degraus do alto patamar, seu pensamento agora voltava ao passado; diante dos seus olhos flutuava a imagem da Sra, de Marelle, arrumando diante do espelho os pequenos cabelos frisados desfeitos, ao sair da cama". 
 
Bel Ami  
Guy de Maupassant  
Edição bilingue; Português-Francês 
Editora Landmark  

Observação: Resenha da obra literária, e não da adaptação cinematográfica.




 

sábado, 11 de agosto de 2012


Curtas literárias com famosos


             Chayenne e o resto??
           "O Résto que se exploda!"                 


                       (Chayenne, em relação ter lido apenas Gabriela, de todas as obras de Jorge amado.)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Poesia popular...



De onde vem a inspiração??

"Eu só quero escrever canções de amor." 

Disease #produçãotextual (reflita, não leve a sério)

                                                                                             



    Estou disfarçado, todos somos iguais não dá pra confiar. Você com seu senso comum está cego e irracional, felizmente não me vê. Estou livre na selva das cidades, no jogo da esperteza uso minhas habilidades. Estou maquiado, pronto para te passar para trás. Sou coitado, vítima do meu tempo em que qualquer manifestação de afeto sua pode ser utilizada contra  você.
   Sua bondade é meu contrato assinado, contrato de manipulação que inclui o meu jogo cênico. Ganhei o oscar, medalha de ouro no drama. Sou mocinho na minha aventura, com charme e palavras sutis dou minha opinião sobre tudo de forma superficial-profunda. Tudo gira em torno de mim - sou seu sol - grandioso posso empreender o que quiser, sou o que quiser.
   Não lamento ver você sofrendo, até gosto. Te fazer infeliz, te maltratar é meu prazer... meu prazer só não, minha missão! Calculadora de mentiras para te envolver, enrolar; as vezes caio em contradição, admito meu ponto fraco. Mas não estou pouco preocupado se for pego em flagrante, se for desmentido, se minha máscara cair.
   Meus sentimentos são confusos. De plástico não sinto piedade, respeito ou compaixão. Isso é temperamento de gente idiota como você. Opa! não devo lhe insultar, dependo de você para me dar bem. Essa minha impulsividade! Outro ponto fraco.
   Não me provoque com estes insultos! Sou cabeça quente! Fácil me ofendo e não me meço minhas agressões. Louco?! Sei bem o que estou fazendo, sei que vou te magoar esta encenação tem muito fundamento. Mas lembre-se foi você quem começou tudo, me vitimando, estou apenas me defendendo. Estou ( e te levo) ao fio da navalha. Depois de conseguir o que quero ficará na lona enquanto ganho tudo.
   De criança, fazia mal ao mundo. prato indigesto na escola, não sei o que são regras e limites. Roubava dinheiro dos "coleguinhas", , batia, onfendia. tudo de diversão!
    Estou por ai; sou o bem sucedido que chega sensualmente e devagar, oportunista, belo ou bela, em casa dou uns tapas na minha companhia e na frente de todos é só romance. Te enveneno para os colegas de trabalho e chefe, pego tua promoção na empresa, te demito, sou politico e te deixo sem casa, escola, sem direito, desfaço casamento, família e amor eterno.Posso matar usando uma motoserra ou apenas palavras sutis Sou criança, adulto, jovem, idoso, homem e mulher.
    Não me culpe, sou caracteristica de nascença, e permance desse jeito. Sou um modo de ser, uma forma de perceber o mundo pela ótica maligna. Fique alerta! Estou na próxima esquina te esperando, isso se eu já não estiver junto a você.

                                                                                                                 Assinado; Psicopatia.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Áudio


  

 Quinto álbum da banda coldplay; Mylo Xyloto lançado em outubro de 2011 tem como singles "Every Teardrop Is Waterfall", "Paradise" e " Charlie Brown".
   O  Àlbum segue a linha lirica e também mais acústica, porém com algumas críticas no tocante a mudança do rock para um "quase pop" cuja a arte é inspirada na antiga escola americana de grafite (os fãs indignados, odiaram a capa e o comparam com os da xuxa).
  Considero o Viva La Vida Or Death And All His Friends (2008) melhor, mas Mylo Xyloto não deixa a desejar. Claro que houve mudanças prinicipalmente se comparado a era  X&Y (2005), como uma tentativa até de arrebatar novos fãs, até rihanna apareceu.Nem só de músicas tristes vive o rock, e levem em considerem que algumas coisas no mundo da música mudaram de 2005 a 2011 (vide Call me Maybe e Friday). 
  Como em um mix as faixas instrumentais (Mylo Xyloto,Us Against the World, M.MIX e A Hopeful Transmission) introduzem e dão continuidade a seleção de músicas.    

  Midias além do álbum: Disponível também em vinil. E agora em história em quadrinhos; Mylo Xyloto nada mais é do que; "Um jovem Silenciador nas linhas de guerra entre som e cor no mundo de Silencia. Mylo descobre que o inimigo que foi treinado para odiar pode não ser seu inimigo no fim das contas. Se tudo correr bem, vai ter muita conexão entre as pessoas que ouviram o álbum. Estou mais do que feliz com o jeito como as coisas se saíram”,  explica o roteirista da HQ Mark Osborne.                                                




domingo, 29 de julho de 2012

"Quêde meu sutaque?"

    Questão de sotaque sempre gera críticas, sempre se discute. Dessa vez quem está na berlinda é o piauiês de Chayenne (Cláudia Abreu em Cheias de Charme). O Sotaque carregado da rainha do eletroforró, gerou reclamações de piauienses  "aqui não se fala desse jeito!".  Sim realmente não falamos como a personagem por várias razões:
a) Chayzinha morava no nordeste, ao fazer sucesso mudou-se para uma mansão no sudeste, assim variando a região, variam os modos de falar. termos como "Quêde" "Pense numa..." e "Suas Curica" advindos do piauiês foram empregados para a fala da personagem. Note também que outros elementos piauienses como a culinária e a localidade de sobradinho se fazem presentes.
b) Chayzinha, é uma cantora com algum sucesso, a mansão suntuosa, joias e até o tratamento desigual das classes patroa x empregada demonstram a variação social.As diferenças  sociais e as diferenças entre grupos socioeconômicos são refletidos na linguagem, coexistindo na mesma sociedade o dialeto padrão correto, superior, e puro de caráter elitista (Na crise em que você teve que pagar uma fortuna ao fisco por você ter sonegado!? As joias eram minhas, Ernani!")  e o dialeto não padrão, considerados incorretos e inferiores, de caráter popular ("Eu vô te falá uma coisa pá tu").
c) Variantes também em niveis: lexical como em jerimum (Bahia) e abóbora (Rio de janeiro), gramátical e fonético fonológico regional como por exemplo em "vêrmelho"/ "vérmelho".
    Ofensa gratuita por algo natural como a variação linguistíca! A língua também é uma instituição social em que falantes se expressam de modos diferentes de acordo com o ambiente em que vivem, com quem vivem, como se relacionam com outros falantes e na situação em que estão inseridos podendo fazer alternância entre o caráter formal e informal da lingua. A língua é maleável e variante, porém com elementos estáveis, e até entre estes elementos estáveis mudam de classificação de acordo com os limites geográficos e territóriais; Ball,Pelota,Balle,Bal,Palla são designados para nomear o mesmo objeto: Bola. Sem mais estresse com relação a sotaques, de normativa já basta a gramática!






sábado, 28 de julho de 2012

Quem é você ??

Livre para viver, não lhe pertenço.
Por um momento, você não lembrará como me conheceu.
E tão pouco a esquina em que me esqueceu.
Sensivelmente da sua vida irei me retirando
Para buscar novos ares, novo rumo, tentar uma nova vida.
Discretamente da sua vida irei me retirando
E ao voltar naquele lugar, com as suas novas boas companhias,
Sorrindo, sendo feliz e festejando esquecerá.
Um dia relembrando
O nó na garganta apertando
Metade do meu coração não sabe o que está faltando.
Porém a outra metade reconhece, e insiste em dizer,
Que sim falta, falta você.


"Você vai lembrar, vai lembrar sim!  Você vai lembrar de mim."

O erro de Sibyl Vane


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Verdade Essencial


Um cara que lê

Uma vez navegando pelo oceano da internet, eis que avisto este belissimo texto


Namore um cara que se orgulha da biblioteca que tem, ao invés do carro, das roupas ou do penteado. Ele também tem essas coisas, mas sabe que não é isso que vai torná-lo interessante aos seus olhos.Namore um cara que tenha uma pilha de três ou quatro livros na cabeceira e que lembre do nome da professora que o ensinou as primeiras letras.

  Encontre um cara que lê. Não é difícil descobrir: ele é aquele que tem a fala mansa e os olhos inquietos. Eleé aquele que pede, toda vez que vocês saem para passear, para entrar rapidinho na livraria, só para olhar um pouco. Sabe aquele que às vezes fica calado porque sabe que as palavras são importantes demais para serem desperdiçadas? Esse é o que lê.
  Ele é o cara que não tem medo de se sentar sozinho num café, num bar, num restaurante.
   Mas, se você olhar bem, ele não está sozinho: tem sempre um livro por perto, nem que seja só no pensamento. O rosto pode ser sério, mas ele não morde, não. Sente-se na mesa ao lado, estique o olho para enxergar a capa, sorria de leve. É bem fácil saber sobre o quê conversar. Diga algo sobre o Nobel do Vargas Llosa. Fale sobre sobre as novas traduções que andam saindo por aí. Cuidado: certos best-sellers são assunto proibido. Peça uma dica. pergunte o que ele está lendo –e tenha paciência para escutar, a resposta nunca é assim tão fácil.
  Namore um cara que lê, ele vai entender um pouco melhor seu universo, porque já leu Simone, Clarice e –talvez não admita– sabe de memória uns trechos de Jane Austen. Seja você mesma, você mesmíssima, porque ele sabe que são as complicações, os poréns que fazem uma grande heroína. Um cara que lê enxerga em você todas as personagens de todos os romances.
  Um cara que lê não tem pressa, sabe que as pessoas aprendem com os anos, que qualquer um dos grandes tem parágrafos ruins, que o Saramago começou já velho, que o Calvino melhorou a cada romance, que o Borges pode soar sem sentido e que os russos precisam de paciência.
  Um namorado que lê gosta de muita coisa, mas, na dúvida, é fácil presenteá-lo: livro no aniversário, livro no Natal, livro na Páscoa. E livro no Dia das Crianças, por que não? Um cara que lê nunca abandonará uma pontinha de vontade de ser Mogli, o menino lobo.

  E você também ganhará um ou outro livro de presente. No seu aniversário ou no Dia dos Namorados ou numa terça-feira qualquer. E já fique sabendo que o mais importante não é bem o livro, mas o que ele quis dizer quando escolheu justo esse. Um cara que lê não dá um livro por acaso. E escreve dedicatórias, sempre.
  Entenda que ele precisa de um tempo sozinho, mas não é porque quer fugir de você. Invariavelmente, ele vai voltar –com o coração aquecido– para o seu lado. Demonstre seu amor em palavras, palavras escritas, falas pausadas, discursos inflamados. Ou em silêncios cheios de significados; nem todo silêncio é vazio.
  Ele vai se dedicar a transformar sua vida numa história. Deixará post-its com trechos de Tagore no espelho, mandará parágrafos de Saint-Exupéry por SMS. Você poderá, se chegar de mansinho, ouví-lo lendo Neruda baixinho no quarto ao lado. Quem sabe ele recite alguma coisa, meio envergonhado, nos dias especiais. Um cara que lê vai contar aos seus filhos a História Sem Fim e esconder a mão na manga do pijama para imitar o Capitão Gancho.
  Namore um cara que lê porque você merece. Merece um cara que coloque na sua vida aquela beleza singela dos grandes poemas. Se quiser uma companhia superficial, uma coisinha só para quebrar o galho por enquanto, então talvez ele não seja o melhor. Mas se quiser aquela parte do “e eles viveram felizes para sempre”, namore um cara que lê.

                                                              Ou, melhor ainda namore um cara que escreve.

quinta-feira, 26 de julho de 2012


Que diga Kristen Stewart...


A mulher do coronel #Ensaio

"Moça solteira é para esperar marido, sabendo coser, tocar piano e dirigir a cozinha."

   Na ilhéus cravo e canela (e cacau) de 1925 o progresso coexistia com os costumes antigos da cidadezinha baiana. Sob a guarda dos coronéis, estavam a política e  as mulheres. Estas últimas tinham pouca partcipação social, aparecendo apenas em compromissos religiosos como as festas da igreja  e missas para cumprir a imagem de mulher do coronel. Na sociedade patriarcal (ilheense), tudo girava em torno do senhor de terras, o pai de familía, o "marido" justo.
   Jorge Amado retrata em Gabriela: cravo e canela, o tratamento dado as mulheres em tempos de coronelismo. Totalmente dependentes dos homens deveriam obedecê-lo e respeitá-los antes de tudo, mesmo sabendo de suas relações extraconjugais nas noites do bataclan. Amantes assim como esposas e as suas plantações de cacau eram propriedades particulares e intransferiveis!! Traição era inadimissivel! Manchava a honra do marido, e honra de homem enganado só com sangue poderia ser lavada. Esse sim erao cabra macho! Depois da honra lavada, os julgamentos sempre absolviam, o marido ultrajado. Era justo o acerto de contas!
   A lei inexorável, valia também para as futuras gerações. As filhas eram introduzidas "no colégio de freiras ,no círculo de bordar, na cozinha a cozinhar, na arrumação a arrumar e na missa a confessar. O marido no perfume, nas roupas e até no dormir a mandar."  Pobre Malvina!
Porém resquicios do tratamento de submissão ainda existem. Na decada de 1980 os homens (não mais coronéis) ainda podiam lavar sua honra com o sangue, matar por honra e "punidos" com absolvição e em casos "extremos" com penas simbólicas. Por medo, e pelo direito legitimo do senhor da casa matar as denúncias eram mal registradas nas delegacias.
   Com o progresso do movimento feminista, após a gota d´água foi aprovada uma lei que coibisse as agressões domésticas - a lei Maria da Penha. Essa e outras conquistas provocaram a ira machista, como já dizia Doutor Mauricio (o coronel); "Tudo isso é resultado da degeneração do costumes que começa a imperar em nossa terra."  Uma conversa resume-se a socos, pontapés e a tiros que figuram em números estatisticos de violência. Apesar das denúncias aumentarem, segundo dados nem sempre providências são tomadas.
  A figura do coronel ficou na história, porém os costumes patriarcais advindo não só da Ilhéus representada no romance de Amado, como de todo o histórico de submissão feminino, infelizmente ainda se fazem presentes na sociedade, que todos os dias assiste e é protagonista a inovações em todos os sentidos (tecnológicos, midiáticos, etc..)  inclusive no tratamento bruto com o próximo.

"Essa terra d Ilhéus, sua terra está longe de ser civilizada."




Dois retratos para Dorian Gray

  Nem sempre assistir um filme baseado em um clássico da literatura vai te ajudar em um resumo. Nem sempre adaptações representam fielmente a obra de referência. Nesse sentido o enredo original pode ser expandido, ganhar novos personagens, perder algumas passagens ou até maior parte da obra (em caso de reinvenção). Um exmplo é o caso do clássico O retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde, fora adaptado por Oliver Parker.
Em 112 minutos de filme, fiz análise de alguns pontos e permita caro leitor expresá-los neste post.

Qualquer semelhança de alguns aspectos do filme com os da série crepusculo são mera referência: Ben Barnes, ator galã (um quê de Robert Pattinson) que fazendo caras e bocas tenta ´dar expressão a um Dorian atormentado. Também a utilização desnecessária  de sangue em algumas partes do filme. Nada contra utilizar elementos atuais, para adaptação contanto que mantenha o enredo original da obra, dando inclusive uma vida nova ao clássico e uma aproximação a um novo público.

Olhos do demônio: Na obra original, fausto foi apenas uma recorrência utilizada por Wilde, às margens para expressar o desejo que Dorian tinha de ficar para sempre jovem, Parker ressalta o caráter diabólico na má influência rondando o personagem e  sobretudo ao final do filme e que o retrato do jovem se transforma em um demônio. Além do sobrenatural, da grande mansão sombria, do sotão da tortura, e dorian morrendo nas chamas em um  incêndio (Oh, perdões contei o final do filme! Como prêmio de consolação leia o livro)

In a hopeless place: caro leitor não estou viajando! mas algo naquele bacanal que me lembra a cenas de loucura e desregramento do clipe de Rihanna (We Found Love) talvez a sobreposição das cenas com drogas, sexo e tambores africanos. Sensualizou demais, explicitou a homossexualidade e  a prostituição apenas sugeridos no livro.

Maximize, minimize: Sibyl Vane fora minimizada, a "maldade" de lorde Henry fora ampliada, Basil fora esquartejado posto em um baú e jogado no rio (Tanto trabalho!)

Creio que a real mensagem de como a estética influência a moral, e também como as influências positivas e negativas agem e determinam a moral não foram abordadas. Ao que me parece faltou algo, sim faltou o retrato único de Dorian Gray pintado por Wilde. O que ficou em decepcionantes 112 minutos de filme foram dois retratos discrepantes de um magnifico clássico!

" Existem adaptações boas e ruins, Eis tudo."




Recomendo: O Retrato de Dorian Gray (Edição Bilingue)
                     Oscar Wilde - Editora Landmark - 240 págs