domingo, 12 de agosto de 2012

Bel Ami #Resenha




 
Romance de Guy de Maupassant publicado em 1885, retratando o jogo da ascensão social promovidos por Georges Duroy, lançado a sociedade parisiense através dos seus casos amorosos e das artimanhas políticas, aliadas aos bastidores da impensa. Realista, descreve Paris e também como um homem molda sua personalidade e utiliza de artificios para manipular e conseguir o que quer,  em que  cada pessoa tem uma função para o alpinista social.

  Em Paris, e apenas com três francos para passar o mês, Charles Duroy está desejoso de mudar de vida e sair da miséria em que vive desde que terminou suas expedições como colonizador ( quer mudar de vida principalmente através de casos amorosos). Charles vê sua vida mudar quando em um desses passeios pela exuberante Paris, reencontra seu colega de expedição; Charles Forestier. Forestier, homem sério e que sofre com crises de bronquite é também diretor da coluna política do jorna La Vie Française que vendo Georges numa situação misera alternado entre almoçar e não jantar, resolve lhe arranjar uma promessa de emprego no jornal.
    No primeiro de vários jantares na casa dos Forestier, o timido Georges tem o primeiro contato com a sociedade elitista do jornalismo parisiense, representados na figura de Walter e Clotilde de Marelle, Jacques Rival e Nobert de Varenne. Sr. Walter de Marelle (diretor do jornal) pede para Georges  um artigo sobre suas experiências como colonizador na África e que levasse seu artigo ao jornal no dia seguinte. Georges é auxiliado no desenvolvimento do artigo por Madeleine Forestier, que é responsável inclusive pela produção e pelo estilo jornalista do marido, Charles. Reminescências de um caçador na África (o artigo) tem apenas uma única publicação, e logo Georges é promovido repórter da coluna de boatos do jornal, tornando-se um repórter notável, bem informado. E amante da mulher do chefe Sra. de Marelle.
     Se encontravam às escondidas  no apartamento da Rua Constantinople, 127  e do apartamento para passeios, onde Georges levava Sra. de Marelle a restaurantes de operários, tavernas e bailes populares - apesar de fina, De Marelle tinha gostos "acanalhados" - assim Georges logo tinha muitas dívidas a pagar, pois fazia "investimentos"  altos a cada passeio. Ao saber da crise pela qual Georges passava, discretamente De Marelle deixava francos nos bolsos de suas roupas (como forma de pagamento).
     Nos jantares da alta sociedade além de Clotilde de Marelle, Georges passou a seduzir Virgine Walter (Sra, Walter). Com o afastamento de Forestier, devido ao agravamento da bronquite, Charles passou a assinar também os artigos de fundo, e tempos depois os artigos políticos. Se fez amigo dos Forestier, e assistiu aos últimos minutos do seu amigo Charles. E do lado do cadáver do "amigo" que acabara de falecer Georges se declara para então viúva Madeleine;
     " Só desejo que não me ignore, que a senhora poderá fazer de mim um amigo fraterno ou marido, como desejar. Meu coração e minha pessoa lhe pertencem."


    Logo depois estaria casado com Madeleine Duroy de Cantel. (Creio caro leitor que em parte Madeleine sabia em parte do caso de George com Clotilde de Marelle principalmente na passagem; "ainda não contou o nosso projeto a Sra. de Marelle?") De fato Georges contou a De Marelle que reagiu furiosa, mas na condição de amante teve que aceitar o casamento. O casamento e a relação frios , era regido pela separação de bens que em caso de "imprevistos" Georges ficava com 4 mil francos e Madeleine ficava com 40 mil francos. O casamento se estendeu ao estilo jornalístico de Forestier... opa! Georges.
    O La Vie Française se tornou um jornal respeitável. Seguem-se os encontros com De Marelle, e agora Sra. Walter (esta última considerada, por Georges repulsiva, apenas obrigação) foi quem lhe alertou sobre as combinações políticas entre Monsier Laroche-Mathieu e Sr. Walter , combinações da qual Charles ficou de fora. Nesse mesmo tempo, um velho amigo dos Forestier (em especial de Madeleine); Conde de Vaudrec acabara de falecer e deixar maior parte da herança a então Sra. Duroy. Para evitar maiores rumores na sociedade( de que George foi traido) uma partilha foi feita entre marido e mulher: os novos milionários.
     Para a ira de Georges quem também ficou milionário; Laroche Mathieu (que Georges destituiu do cargo de ministro após descobrir ser ele o amante de Madeleine) e o Sr. Walter. Para aumentar sua riqueza, Suzanne era uma das filhas do Sr. Walter. Georges seduziu Suzanne, convencendo-a rejeitar todos os pretendentes e a fugir com ele. Para o inferno total da Sra. Walter, Georges se casou com Suzanne (desde então a Sra. Walter jamais olharia sequer para o genro). De fato Georges casou -se com Suzanne porém...
" O povo de Paris o contemplava e o invejava ... lentamente desceu os degraus do alto patamar, seu pensamento agora voltava ao passado; diante dos seus olhos flutuava a imagem da Sra, de Marelle, arrumando diante do espelho os pequenos cabelos frisados desfeitos, ao sair da cama". 
 
Bel Ami  
Guy de Maupassant  
Edição bilingue; Português-Francês 
Editora Landmark  

Observação: Resenha da obra literária, e não da adaptação cinematográfica.




 

2 comentários:

Unknown disse...

Não sabia que o filme tinha sido inspirado em um livro, que bom que agora eu sei pois posso ler o livro primeiro, eu nem queria ver essa adaptação pois tem o Robert Pattinson no papel principal e as habilidades de interpretação dele são muito limitadas.
Abraços.

http://viciadoemlivrosefilmes.blogspot.com/

Unknown disse...

Rodrigo, também estou resistente a assistir Bel Ami nos cinemas, principalmente depois que assisti Dorian Gray. As vezes há uma distância considerável entre a adaptação e a obra em si.